Spike Lee, realizador do filme Blackkklansman, não apreciou a vitória do filme Green Book na categoria de 'Melhor Filme'. O norte-americano terá ficado furioso com a decisão da Academia de Hollywood.
Era o prémio mais aguardado da noite e dentro do envelope estava Green Book. De acordo com o site Deadline, o realizador, cujo filme estava nomeado para o mesmo prémio, teria ido para o fundo do Kodak Theatre onde falou com Jordan Peele, até voltar ao seu lugar.
Segundo a Variety, Spike Lee abanou os braços em forma de protesto, antes de tentar sair da sala. Recorde-se que Green Book, a história entre o pianista negro Donald Shirley e o seu motorista branco Tony 'Lip', durante a época de segregação nos anos 1960, não foi bem recebida pela família de Shirley.
Blackkklansman, um filme mais acutilante e crítico, ganhou o óscar de 'Melhor Argumento Adaptado' e conta a história do primeiro polícia negro do departamento de Colorado Springs e de Flip Zimmerman, que se infiltra num grupo de KKK.
O fantasma do passado e o salto para Samuel L. Jackson
"Sempre que alguém está a conduzir alguém, eu perco", numa clara referência à vitória de "Miss Daisy" em 1989, no ano em que o seu Do the Right Thing, nem recebeu nomeações. Até hoje a cultura popular ainda não perdoou o 'erro' da Academia do Hollywood.
Ao contrário do protesto pela vitória de Green Book, espreite aqui a reação efusiva de Spike Lee ao saltar para os braços do Samuel L Jackson.