Karl Lagerfeld morreu na passada terça-feira, 19 de fevereiro, aos 85 anos, em Paris, a capital que o viu tornar-se num dos grandes nomes da moda mundial. Solteiro, sem filhos e afastado da família há décadas, a questão que se colocava era: quem seriam os herdeiros de uma fortuna que ronda os 400 milhões de euros? Sabe-se que uma parte foi destinada, em testamento, à sua gata Choupette por quem tinha um grande amor, mas ainda não se sabe como isso se vai processar na prática. Ainda assim, especula-se que o dinheiro seja entregue à pessoa que se responsabilizará por tratar o animal tal como o próprio o fazia e presume-se que este tenha até escolhido um cuidador.
Contudo, a maior parte da fortuna deixada pelo diretor criativo da Chanel e da Fendi vai para o seu afilhado, Hudson Kroenig, de apenas nove anos. Quem o conhecia sabia que tinha “um amor infinito”pelo menino, “que tratava por príncipe”.
>> Lagerfeld apaixonou-se por uma gata majestosa e deixou-lhe parte da fortuna
Esta relação quase familiar começou quando Hudson ainda era muito pequeno e começou a desfilar para a Chanel, passando muito tempo com o padrinho, “que deixava cair a sua capa de gelo, o seu ar sério e autoritário quando o menino se encontrava por perto”, escreve o Le Parisien.
Karl Lagerfeld tinha uma irmã, mas não havia qualquer contacto. Em 2015, em entrevista, o ‘kaiser’ da moda revelou: "Não tenho família (...) tenho uma irmã na América, que não vejo há 40 anos. Os filhos delas nunca me enviaram um postal de Natal sequer". Martha Christiane Johnson acabou por morrer nesse mesmo ano sem nunca se terem reencontrado.
Nessa mesma entrevista, Lagerfeld falou ainda de Thea, uma meia-irmã, que não via há 30 anos e que também já tinha morrido.