Drogas, rapto e violência: Melânia Gomes recorda drama familiar

A atriz esteve à conversa com Daniel Oliveira.

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Melânia Gomes foi a convidada deste sábado, 17 de novembro, do programa Alta Definição, da SIC. Numa conversa emotiva com Daniel Oliveira, a atriz recordou a sua infância conturbada, marcada pela dependência de drogas do pai.

Melânia começou por homenagear a sua mãe, caracterizando-a como um exemplo de força e perseverança. A progenitora da atriz foi mãe aos 17 anos e o caminho não foi nada fácil, especialmente por causa dos problemas do pai da artista com as drogas.

“Ela quis ficar com o meu pai. Foi teimosa porque toda a gente a avisou que ele não era a pessoa ideal para ela, já apresentava sinais de ser uma pessoa com problemas com drogas. Ela foi ingénua. A minha mãe achou que eu era capaz de mudá-lo. Filho nenhum… Não sei, eu não consegui”, começou por contar.

A artista recordou ainda que o pai a raptou quando esta tinha apenas quatro anos de idade. "Lembro-me perfeitamente por onde é que andámos, lembro-me de dormir na rua, lembro-me de vê-los a drogarem-se no jardim...Andámos por muitas estações de serviço, andámos de comboio durante muito tempo… Tenho de imagens, de à noite, dormir ao relento… Lembro-me de estar em bares cheios de tabaco e Daquilo me fazer muita aflição . Acabou por me devolver à minha mãe ao final de algum tempo", confidenciou.

Olhando para trás e recordando tudo aquilo que passou com o pai, que entretanto já faleceu, Melânia admitiu que se não fossem as drogas as coisas poderiam ter sido bem diferentes. "Aquilo não era ele. O meu pai como todos nós é amor e a minha mãe sempre me contou as coisas boas que ele fazia, o filho bom que era, o amor incondicional que tinha aos animais. Sei que essas coisas que ele fez à minha mãe foi sempre sob uma grande influência química e um grande desespero. Não era ele. Eu sei que ele gostava de mim", referiu, acrescentado o momento mais feliz que viveu com o progenitor. “De ele sair para comprar uma cassete para gravar a Marina [Mota]. Pôs a gravar e no dia a seguir, vimos juntos. Foi a coisa mais bonita que fez”.

Melânia acabou por encontrar no avô e no padrasto duas figuras paternas. “O meu avô foi o grande homem da minha vida. Mais tarde a minha mãe casou e esse companheiro, a quem eu chamo pai, também foi essencial”, rematou.