Júlia Pinheiro foi a convidada do programa Alta Definição, este sábado, 14 de outubro. Numa entrevista intimista concedida a Daniel Oliveira no estúdio do programa das tardes da SIC, a apresentadora falou sobre a carreira e abordou também alguns aspetos da vida pessoal.
Devido à exigência do trabalho, a comunicadora lamentou não estar presente na vida dos pais da maneira que desejaria e lembrou o dia em que o progenitor partiu. “No caso do meu pai foi terrível. No dia em que o meu pai morreu, eu estava a trabalhar. O meu pai esperou que eu chegasse para se despedir de mim”, contou.
Atualmente no papel de cuidadora da mãe, Júlia Pinheiro falou ainda sobre o atual estado de saúde da progenitora, Aurea Pinheiro, que sofreu um AVC severo em 2019.
“A minha mãe, hoje, tem uma condição muito frágil e para estar com ela tenho de estar ali na minutagem do tempo em que posso estar lá e depois tenho de vir para aqui [SIC]. Às vezes, fico um bocadinho apertada cá dentro. Tenho de me ir embora e percebo que ela gostava que eu ficasse mais tempo“, confessou.
Segundo a apresentadora, os papéis de mãe filha foram invertidos. “Sou cuidadora da minha mãe, sou responsável por ela, que é uma situação que a vida nos deve preparar. Mas quando chega é sempre muito difícil. Ela agora é minha filha e eu sou a mãe dela, é ao contrário. Não que na balança da nossa relação isso se sinta dessa forma… A minha mãe é uma senhora… tinha dado um belo general num exército qualquer. Eu percebo que ela queria mais tempo comigo e não temos”, confidenciou em seguida.
“Tem 85 anos, é uma senhora muito particular e marcou-me muito. Mas agora isto de ser eu a tomar conta dela é muito estranho. Ela tomava sempre conta de mim. Era autoritária, muito disciplinadora e hoje sou que, às vezes, tenho de ser disciplinadora e um bocadinho autoritária. Custa-me muito. Não é, de todo, aquilo que nós achamos que vai ser”, completou.