Este sábado, 15 de abril, Daniela Ruah esteve à conversa com Daniel Oliveira no ‘Alta Definição’, da SIC, e abriu o seu coração para falar sobre temas mais íntimos, inclusive a ‘mini’ depressão que sofreu no final de 2019.
“Em dezembro de 2019 estava triste, chorava por tudo e por nada. Às duas da manhã tinha saído da cama e tinha ido para a casa de banho chorar baba e ranho“, começou por contar. Entretanto, regressou à cama e fez o seguinte pedido ao marido, Paul David Olsen: “‘Preciso que fales comigo'”, disse.
“Lá está, ele é o meu parceiro, a minha estabilidade. ‘Estou-me a sentir desequilibrada. Fala o que quer que seja, não tem que ser sobre este assunto em particular'”, acrescentou. As palavras do duplo do irmão e também actor Eric Christian Olsen ajudaram, mas não resolveram.
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A atriz e apresentadora dos ‘Traidores’ disse que teve uma “mini” depressão e explicou: “Digo mini porque acho que foi apanhado a tempo, no sentido em que não se aprofundou ao ponto de eu não funcionar. Comecei a sentir-me super emocional sobre tudo, sentia-me constantemente triste, mas não sabia o porquê. Triste, chorava por tudo e por nada”, esclareceu.
Não conseguindo sentir-se feliz, Daniela decidiu ir a um psicólogo. “O que ela me disse foi que sentia que me estava a faltar tempo para mim. Quando choras e vais a correr para a casa de banho é o teu corpo a obrigar-te a ir passar tempo sozinha“, contou.
Quando te esqueces de ti própria
Daniela Ruah revelou que a sua tristeza começou com uma conversa com o marido, que não teve qualquer culpa: “O meu marido chegou a casa e disse-me que alguém lhe perguntou quais eram os meus hobbies. Quando me disse que sabia o que gosto de fazer, mas que não sabia o que lhe havia de dizer”, recordou. Foi nesse momento que a atriz se apercebeu do seguinte: “Eu não tenho hobbies!… Tudo o que faço é para os outros”.
“O meu horário era o horário das crianças. A comida era para as crianças. O trabalho de casa, preparar a roupa ou termos tempo para os nossos parceiros de vida. E apercebi-me que tudo o que fazia não era em função de mim, mas do mundo à minha volta”, explicou. “Comecei a fazer questão de passar mais tempo sozinha. Fazer uma massagem, uma aula”, rematou.